Sinto o vento bater-me na cara enquanto desço a estrada de pedra. Olho em volta. Sou o único passo apressado.
Sinto o frio invadir-me as mãos enquanto desço a calçada. Passo por prédios de onde saem reis sedentos de mundo e vultos de homens enormes que comem estrelas. Sou o único passo atento.
Sinto a noite cair nos meus olhos enquanto subo a estrada de alcatrão. Passo por uma janela de onde sai o som de um piano. Paro por momentos e sigo. Sou o único passo hesitante.
Vejo o céu ainda amarelo e laranja ao fundo da rua. Chego a casa. Sou o único passo. E paro.
inspiração: domingo em Lisboa
03022013
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